Mas sempre procuro ver as coisas boas e o que podemos aprender com, ou em meio, as dificuldades.
O que a igreja nunca pode deixar é de ser é Cristocentrica. Cristo é a cabeça da igreja e é pra Ele que devemos olhar e apontar.
Mas se falamos de desafios que vejo hoje e me preocupam, eu destacaria:
- As mensagens pregadas em alguns púlpitos de que o cristão tem uma vida que é “só vitória”. Me preocupo pois essas mensagens geram pessoas frustradas com a igreja, com o evangelho e até mesmo com Jesus. Pois elas acham que Jesus, tem quase que uma obrigação de conceder uma vida
constantemente de vitória, sem dificuldades, sem problemas.
- O egocentrismo de alguns cristão. E isso atinge desde ovelhas até pastores, onde muitos se sentem, e se colocam, como o centro da atenção e esperam alcançar somente bênçãos para si.
- A falta de mudança de vida. Hoje as pessoas chegam na igreja e permanecem como chegaram. Não acham que necessitam mudar de vida, deixar o pecado, etc. Vemos algumas pessoas “convencidas” e não “convertidas”.
Em toda sua trajetória, o que mais te marcou?
As experiência com o Senhor. Poder viver, e sentir o cuidado de Deus para comigo e minha família, em todas as áreas. A provisão em diversas fases da vida.
Deus continuar me surpreendendo, e consequentemente gerando novas marcas, novos testemunhos.
Quando teve convicção do seu chamado?
Sempre amei e me preocupei com pessoas. Isso já vem de longa data.
Mas quando me converti, em um culto, ouvindo uma mensagem sobre o Ide, entendi que precisa me preparar para o ministério, pois Deus estava me chamando para ser pastor.
No ministério pastoral, qual você acredita ser a maior dificuldade?
As dificuldades mudam com o passar do tempo e variam muito. Talvez por isso não fico pensando muito nas dificuldades.
Prefiro enfrenta-las quando elas surgem, pois sei que são passageiras. Assim como teve dia para iniciar, tem dia para terminar.
E quando temos Deus conosco, isso nos basta. “Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.” Rm 8:37
Existe algum líder espiritual, ou mentor que você admira como homem de
Deus?
Se tem algo difícil de encontrar hoje em dia é um mentor.
Graças a Deus encontrei alguém que acreditou no meu chamado e me ajudou em vários momentos, que é o Pr. Daniel Antonio. Além do apoio, das dicas, do ensino, sempre criou oportunidades para que pudesse desempenhar o ministério.
Nesses anos de ministério, tive a oportunidade de conhecer e conversar com vários pastores. Dentre aqueles pastores que ouvimos, mas não nos relacionamos de perto, um que me chamou a atenção e tenho muita admiração é o Pr. Hernandes Dias Lopes. Quando tive a oportunidade de estar com ele e me assentar a mesa, tive o privilégio de ver um homem com muito conhecimento, mas de uma simplicidade admirável e encantadora.
Além da Bíblia é claro, qual outro livro você gosta de ler? E indicaria para
os leitores do blog?
Gosto muito de livros que abordam o tema de liderança, serviço. Dentre vários livros que já li.
Alguns que indicaria são:
> Amar e Servir - Pr. Costa Neto, que fala sobre a cultura do voluntariado;
>Liderança acima da média – Danilo Figueira;
> A igreja Irresistível – Wayne Cordeiro;
> Cartas a Igreja – Francis Chan.
Antes de se tornar pastor qual ministério exerceu na igreja?
Quando me converti, estava na Igreja do Nazareno Central de Campinas, e lá trabalhei na mídia, como cinegrafista.
Quando conheci a Helen, seu pai era pastor auxiliar na Igreja do Nazareno na cidade de Jaguariúna. A igreja era pequena e geralmente em igreja pequena, acabamos fazendo de tudo um pouco. Tudo o que é necessário para que o culto aconteça.
Já trabalhei no som, dando aula para crianças, no louvor, fazendo o que era necessário.
Quando nos casamos, fomos para Igreja Comunidade da Esperança e lá trabalhei no ministério de boas vindas. Depois, quando estava finalizando os estudos do seminário, começamos o trabalho com casais, de 0 a 5 anos de casados, chamado Jovens Casais, e na liderança do Ministério da Família.
Como está sendo sua experiência como pastor auxiliar na Nazareno Monte
Calvário?
Fomos muito bem recebidos pelo pastor e pela igreja. O povo é muito receptivo, atencioso, carinhoso.
Como comentei anteriormente, amo servir e aqui tenho oportunidade de servir a Deus e as pessoas, de forma leve, sem comparações ou avaliações que as vezes trazem “peso” para o serviço.
Amamos servir em família. Minha esposa tem o mesmo amor, tanto que está se preparando para o ministério. E vejo na minha filha o mesmo amor pela igreja do Senhor.
Estamos exercendo o nosso chamado e auxiliando o pastor titular da igreja, procurando fazer com que o serviço se torne mais leve para ele e toda a equipe ministerial.
Qual legado você gostaria de deixar? Como gostaria de ser lembrado?
O amor pela igreja e a paixão em servir.
Se pudesse ser lembrado como um servo, ficaria muito feliz.
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Pr. Diego e sua família. |
Meu agradecimento ao Pr Diego pela disposição do seu tempo em participar dessa entrevista, um servo de Deus e amigo que aprendi a admirar pela simplicidade e simpatia. Deus abençoe!